Implantodontia

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Implante em arquitetura óssea alterada

Observe que na imagem demonstrativa abaixo temos um caso de perda de um dente (da raiz e outro com perda apenas da coroa). Nessa demonstração, representando o caso clínico mais abaixo onde havia uma lesão que acabou ocasionando uma alteração na arquitetura óssea, contribuiu desfavoravelmente para uma baixa resolução da estética gengival, embora essa perda óssea não tenha comprometido funcionalmente o caso. No caso o sorriso do paciente não expõe a gengiva, o que auxilia muito para atenuar essa situação, mas os pacientes devem ter ciência que traumatismos ou exodontias inadequadas, quando ocorrem grande perda óssea, podem ocasionar essa alteração na morfologia óssea e, consequentemente, ocasionando uma aparência assombreada da gengiva em relação aos dentes proximais.
Veja o desenho com movimento a seguir, e o caso clínico mais abaixo:


Além dos traumas, outros fatores podem ocasionar essa perda óssea, como doenças da "gengiva" (mais profundas, periodontopatias), tratamento endodôntico incorreto (canal), ou mesmo a perda de um dente, e sua não reposição por um implante (por que sem o implante em função ocorre a atrofia e consequente absorção do tecido ósseo da região). Caso você tenha ausência de algum dente, e isso já ocorreu há algum tempo, passe o dedo sobre a gengiva e sinta que há uma depressão no local. Isso ocorre mesmo que nenhum trauma tenha ocorrido, apenas pela ausência do estímulo funcional na região, que é mantida pelos dentes ou mesmo implantes. Pacientes com agenesia de algum dente ( dentes que não foram formados) geralmente também apresentam essa alteração na morfologia óssea.

Mas o maior causador dessa perda óssea é a manutenção de dentes com lesões extensas ou mesmo fraturados. Alguns pacientes "aguardam" alguns dias ou semanas para procurar o dentista, mesmo percebendo que algo assim ocorre, e isso é um complicador para finalizarmos o caso com o contorno gengival preservado.

De outra forma, em casos como esse, onde a perda óssea já está presente, é possível corrigir com enxerto ósseo, ou mesmo de gengiva, mas é importante que, na presença de uma lesão onde o dente terá que ser extraído, o paciente procure o quanto antes o dentista para realizar o tratamento.



Podemos também discorrer sobre mais assuntos referentes a esse caso, como o porquê do dente estar com um núcleo reduzido (a parte visível do pino que está fixo dentro do canal - veja na radiografia) que até poderia ser substituído por outro com melhor retentividade para a coroa, mas, caso tentasse removê-lo para substituí-lo, poderia ocasionar a fratura da raiz. Essa coroa foi restaurada e manteve uma boa retentividade.
Outra coisa seria o porquê também de indicar um implante para este caso. Como disse acima, o implante repõe a funcionalidade para a estrutura óssea, e repare que para realizar uma prótese fixa (veja uma demonstração aqui) teria que desgastar o canino íntegro posicionado no outro extremo da falha.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Implantes para casos de ausência total de dentes

Pacientes com ausência total dos dentes inferiores, e utilizando uma prótese total removível (dentadura), nem sempre conseguem se adaptar à prótese, que não tem retenção ou estabilidade, dificultando a mastigação e falar. Muitos acabam perdendo a segurança para um convívio social tranqüilo, sem preocupação com a prótese.


Para os pacientes que não possuem os dentes inferiores, e não se adaptaram ao uso da dentadura, a possibilidade de resolução do tratamento pode se dar com a realização de uma prótese removível (em dois implantes), e a colocação de uma barra unindo-os. É possível assim, através de um "encaixe" localizado internamente na prótese, dar retentividade a ela, permitindo um maior conforto ao paciente. A nova prótese continuará sendo removível, mas com retentividade, permitindo mais conforto e segurança ao paciente. Estes casos são indicados sobretudo onde os pacientes não possuem estrutura óssea na região posterior para realizar uma prótese "fixa". Atualmente, mesmo nesses casos de pouco osso, é possível realizar uma prótese fixa, mas neste caso a paciente, que já utilizava uma prótese total removível, optou por este planejamento.


Veja um caso clínico como o demonstrado acima. Observe que a barra fica sob a prótese total, e retém a prótese.




A colocação de mais implantes já possibilitará a colocação de uma prótese total fixa, não removível, já que neste caso as forças da mastigação serão distribuídas em um maior número de suportes. O caso abaixo foi concluído em 15 dias, e isso porque o paciente não parou as suas atividades, viajando por compromissos pessoais após alguns dias da realização da cirurgia. Casos como esses podem ser concluídos em 2 dias, de acordo com o planejamento e a estabilidade inicial dos implantes.




terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Implante em Molar inferior

Implante simples, com a coroa em metalo-cerâmica ainda na fase de ajuste da oclusão. Observe que na imagem vemos o contato indesejado no lado de balanceio, impresso na coroa por um carbono especial. Após o registro ter sido observado, o excesso foi desgastado e a coroa em metalo-cerâmica enviada novamento ao protético para que este realizasse um novo glaze (a coroa é levada novamente ao forno, à temperatura acima de 900ºC, para restabelecer o brilho na cerâmica).




Veja a imagem que demonstra a importância da confecção e ajuste correto das próteses. O contato anormal no lado de balanceio (na imagem abaixo com a seta em verde) é o mais danoso às estruturas dos sistema mastigatório, mas o porquê disso é complicado explicar aqui. Alguma dúvida perguntem-me aqui ou por e-mail.

Mais explicações sobre essa imagem, clique aqui.