Implantodontia

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Implantodontia - orientações

Área da odontologia que atua na restauração parcial ou total dos dentes, através da substituição das raízes dentárias ausentes por materiais aloplásticos (materiais de procedência diferente ao do corpo humano).

O que são Implantes Dentais?
O Implante Dental nada mais é que uma estrutura de titânio que ao ser inserida no rebordo alveolar (osso), passa a atuar, em substituição às raízes dentárias ausentes, como suporte para uma ou mais coroas artificiais. Se antigamente era necessário usar os dentes próximos para reter uma prótese, com o advento da implantodontia passamos a preservar as estruturas dentárias adjacentes à falha. Por isso a implantodontia é indicada também quando perdemos apenas um único dente, não só nos casos de perdas extensas ou da totalidade dos dentes.

Quem é candidato a Implantes Dentais?
Qualquer pessoa com boas condições de saúde, que deseja restituir dentes ausentes. São candidatos a receberem implantes dentais pessoas que perderam um único dente, pacientes que perderam parcialmente os dentes ou mesmo os que perderam todos os dentes. Existem elementos que auxiliam ou dificultam a realização do(s) implante(s), mas isso só pode ser definido através de exames clínicos e radiográficos.

Qual o índice de sucesso dos Implantes Dentais ?
Observações entre como ou onde será colocado um implante, bem como o quanto ele será exigido após ser colocado em função, são indispensáveis para encontrarmos um alto grau de sucesso. A literatura mundial, e ocorre o mesmo com a nossa experiência, situa esse índice de sucesso próximo de 95%.
Esta variação é, entretanto, principalmente dependente de fatores observados durante o exame clínico e radiográfico, e durante o ato cirúrgico e a cicatrização. Fumantes, embora não contra-indiquem a técnica, já que a nicotina dificulta a reparação de quaisquer feridas cirúrgicas, têm esse índice de insucesso aumentado.
Considerando o alto índice de sucesso e as possíveis complicações que a ausência de um único dente pode ocasionar, é importante ter consciência que a ausência de dente(s), necessita de correção através de técnicas modernas como a implantodontia ou mesmo através de tratamentos tradicionais, como as próteses parciais fixas. Veja essa imagem (clique aqui) como exemplo.
Para saber a indicação correta, converse com seu dentista e questione a possibilidade e se é melhor a indicação da colocação de um implante.


Existe a possibilidade de rejeição?
Como diversos outros materiais aloplásticos utilizados na medicina, o titânio utilizado na implantodontia também é um material totalmente inerte do ponto de vista biológico, comprovadamente biocompatível em testes realizados para avaliar possíveis efeitos secundários, impossível de provocar rejeição, erroneamente associado aos casos relatados em transplantes de órgãos.

Como é possível observar na imagem ao lado (clique nela para ampliar), a célula responsável pela sintetização do tecido ósseo está completamente aderida à estrutura de uma liga de titânio, liga do qual são confeccionados os implantes dentais. Esta imagem demonstra bem que a rejeição não ocorre, e a perda que podem por ventura ocorrer são decorrentes de outros fatores, como não conseguir a estabilidade inicial dos implantes durante a cirurgia. Isso é mais comum em osso de qualidade ruim. Outra possível causa é a ocorrência de infecção localizada durante o período de cicatrização, risco existente em quaisquer cirurgias, e no caso da implantodontia pode prejudicar a estabilização rígida e insensível do implante, podendo causar sua falha. Caso isso ocorra, a sua substituição por outro implante, na mesma região, poderá ser realizada na mesma sessão em que o implante perdido está sendo removido, ou após um período de semanas a poucos meses.

Quanto tempo dura um Implante ?
Embora não possamos definir com exatidão qual será a longevidade de um implante, dependente de fatores diversos, a manutenção de implantes pode ser comprometida quando temos, por exemplo, indivíduos com dificuldades para realizar uma boa higienização, alcoólatra ou fumante compulsivo. Estes três exemplos são bem caracterizados como fatores predisponentes ao surgimento e desenvolvimento de doenças nas estruturas de suporte dos implantes, sendo, no entanto, que estes mesmos fatores também predispõe os dentes às doenças.
A manutenção feita através de uma boa higienização e controle periódico do profissional odontológico é imprescindível, similarmente ao controle que deve ser realizado nos dentes naturais.
Vale ressaltar, que atualmente existem indivíduos portando implantes dentais a mais de 30 anos sem quaisquer complicações. Em nossa clínica já contamos com pacientes (aqueles aos quais ainda retornam para acompanhamento e manutenção) com implantes com mais de 20 anos em perfeito estado, e estes são quase a totalidade dos casos. Muitos não tenho mais contato, por serem de outras cidades ou estado.
Um parêntese aqui: após o primeiro ano da instalação do implante, e de colocá-lo em função, e estando ele insensível, a sua perda é muito pequena, e se dá muitas vezes por descuido ou acidente.